20 de ago. de 2011

Doutrina dos Espíritos: Os Povos Antigos, Conhecimentos Espirituais e Seus Segredos. Os Primórdios, breve resumo - 01


A partir deste artigo, escreveremos uma “série” voltada para o chamado período do Espiritismo Primitivo (e não o Cristianismo Primitivo[1]). 

Como nossa intenção é a divulgação doutrinária, é de grande importância que resgatemos os fatos históricos para que estes não se percam. Usaremos a bibliografia existente em nosso alcance[2] para redigir resumos históricos ligados ao primitivismo Espírita. Como é comum na análise doutrinária, vamos nos utilizar de fatos comprovados e registrados em livros considerados sérios pela Doutrina, revelando fatos  ocorridos antes da codificação e dos estudos feitos pelo Mestre de Lion.

Antes de adentrarmos nos fenômenos ocorridos nos Estados Unidos e Europa, (Escócia, Inglaterra e França) do Século XIX[3], vamos neste momento voltar no tempo, para procurar entender o processo cauteloso dos planos espirituais, até a chegada em definitivo das manifestações materiais.

Quando aqui chegaram os exilados da Capela[4] uniram-se na Terra estes espíritos por afinidade mental e lingüística, criando desta feita quatro povos iniciais. Foram os primeiros Hindus, Hebreus, Egípcios e Árias[5] (estes últimos dando origem aos indo-europeus).

Dentre suas várias características, podemos citar o conhecimento que tinham (breve lembrança) do exílio, e uma tênue lembrança da vida em Capela, donde se originou o registro (embora infantil) do exílio do Paraíso nas páginas da Bíblia, e em outros livros antigos considerados sagrados. Estas lembranças vagas se fizeram presentes nas consciências destes povos, deixando em suas mentes a noção da Criação Divina na nova jornada que reiniciara. Pois, “Guardavam a lembrança de sua situação pregressa[6].

A lembrança da situação pregressa como diz Emmanuel, somado as manifestações espirituais de todos os tempos, criou nestes povos um misto de misticismos (por não entenderem bem os fenômenos) somado a manutenção dos segredos das comunicações, que até a revelação do Espiritismo dava-se somente para os iniciados.

Assim apareceram os rituais Védicos na antiga Índia, Os Hieróglifos dentre os primitivos Egípcios, a iniciação dentre os Druidas Celtas, e a vidência dentre os Profetas Hebreus, Pitonisas Gregas, Sibilas Romanas, “bruxas[7]” medievais e outros.
Todos médiuns, utilizando-se do nome e do entendimento de cada época, (de acordo com o amadurecimento das criaturas).

Por milênios os homens mantiveram a ligação com os planos espirituais em segredo. Estas por sua vez, sempre estiveram dentre as criaturas, porém, tudo era vedado às massas, pois se temia que o pouco amadurecimento intelectual e moral dos mais simples desvirtuassem uma ligação tão séria e sagrada.

Destas afirmações podemos tirar como exemplo o registro dos Vedas:

“... Por trás desses véus, as religiões antigas apareciam sob aspectos diversos, revestiam caráter grave e elevado, simultaneamente científico e filosófico. Seu ensino era duplo exterior e público de um lado, interior e secreto de outro, e, neste último caso, reservado somente aos iniciados[8]”.

Também com os antigos Egípcios que construíram escritas como os demóticos, os hieráticos e por último os hieróglifos.

 “Os hieróglifos tinham um triplo sentido e não podiam ser decifrados sem chave. A esses sinais aplicava-se a lei da analogia que rege os mundos: natural, humano e divino, e que permite exprimir os três aspectos de todas as coisas por combinações de números e figuras, que reproduzem a simetria harmoniosa e a unidade do Universo..[9].” 

Tudo isto estava presente como já dissemos nas revelações dos Profetas Hebreus e dos Druidas Celtas, (mediunicamente). Após este processo, vieram também as Pitonisas e as Sibilas que atendiam ao povo Grego e Romano quando em comunicação com os Espíritos.

Passados os tempos da Grécia e Roma, já ocorrido o período de amadurecimento das criaturas do mundo, uma nova forma de ver o Cristianismo começava a se fazer[10], colocando um “fim[11]” temporário nas comunicações, para só então, em tempos históricos mais recentes,[12] as antigas manifestações com o mundo espiritual retornarem novamente a ocorrer (ainda de forma ponderada), cumprindo-se com isso, os planos designados pelo mais alto.


[1] Cristianismo Primitivo é outra história, muito mais ampla, antiga e complexa. Ver Seminários de Aroldo Dutra Dias, e obra de León Denis (Cristianismo e Espiritismo).
[2] Sabedores que somos das poucas obras que possuímos diante do que já foi publicado.
[3] Espiritismo Primitivo.
[4] Emmanuel, A Caminho da Luz.
[5] Registros feitos por Emmanuel no livro A Caminho da Luz.
[6] A Caminho da Luz, Chico Xavier, (Emmanuel).
[7] Joana D’ Arc foi um dos maiores exemplos de médium na Idade Média.
[8] Depois da Morte – Leon Denis, p.19. Ao comentar um dos livros sagrados dos Vedas, o Bhagavad Gita
[9] Depois da Morte – Leon Denis
[10] Esta nova forma foi a imposição dos interesses humanos sob os verdadeiros ensinos de Jesus. Com isto, criaram-se novas interpretações Bíblicas, Dogmas, e a própria Igreja que conhecemos hoje.
[11] Estas por sua vez ocorriam, mas procurava-se esconder por achar o Clero obra “demoníaca”.
[12] Idade Média, médiuns foram vistos pela Igreja Romana como “feiticeiros, bruxas, magos”, criando um atraso em tais manifestações.

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