Ao falar de reencarnação,
não estamos trazendo nada de novo. Em todos os tempos, os chamados “textos
sagrados” sempre trouxeram em seus registros a existência deste fenômeno. Do
mais antigo, o Bagavad Guita, da
Índia Védica, passando pelos hierógrafos egípcios, encontramos também a
reencarnação em todos os ensinos dos iniciados, seja entre os antigos povos Orientais,
como também pelos Ocidentais, passando pelos Gregos, Romanos e também pela
civilização Hebraica.
O que temos hoje com a
Doutrina Espírita é em suma um aprofundamento nas explicações de como a
reencarnação ocorre, quando o Espírito, já em processo de reencarne prepara-se
para voltar ao vaso carnal.
Ao deixar o corpo físico, o
Espírito vai encontrar-se em alguma colônia espiritual, aquela condizente com o
seu atual estágio de adiantamento (as muitas moradas da casa do Pai). Estando uma
vez nestas colônias, entende o Espírito que deixou a Terra, que para continuar
a evoluir em sua jornada, necessitará voltar ao Orbe para corrigir aquilo que
deixou para trás em existências passadas.
A partir deste momento,
inicia-se um processo paulatino e muito zeloso de planejamento reencarnatório,
onde a espiritualidade amiga, e especializada nestes trabalhos, planejará o
retorno do Espírito a Terra.
Este planejamento se fará
sempre respeitando-se a trajetória deste Espírito, onde será analisado o livre
arbítrio de suas últimas jornadas. Acertos e erros serão colocados no momento
do planejamento, pois é destes acertos e erros que serão formatados a nova
realidade do Espírito na Terra, ou seja, nossa vida atual é o resultado das
nossas vidas passadas.
Salientamos que o retorno a
Terra (reencarnação), não é de forma alguma uma imposição (existem exceções), e
muito menos uma condenação. É sim, o fruto do que foi plantado pelo Espírito e
planejado pela espiritualidade amiga.
Todo o planejamento
reencarnatório, feito com ou sem a participação do Espírito reencarnante (os
espíritos podem participar do planejamento reencarnatório, desde que tenham
condições morais para isso), é planejado com provas e expiações necessárias a
evolução do Espírito, e também as de que ele possa suportar.
Nada nos é dado ao acaso, se
temos felicidades e tristezas, é porque plantamos estas felicidades e tristezas
em nossos corações (períspirito), em vidas pretéritas.
Cabe a esta existência na
Terra, resgatá-las. A vida atual é a vida da mudança. É a vida da virada para o
bem. É a oportunidade que o Espírito encarando tem de fazer-se feliz (entende-se
fazer-se feliz do ponto de vista espiritual, e não existêncialista como pregado
atualmente pelas doutrinas modernas), nos planos espirituais que virão. É o
momento também de buscar a felicidade nesta existência.
Jivago
Dias Amboni.
Dezembro
de 2012.