13 de ago. de 2011

Doutrina dos Espíritos: Crítica ao Dualismo de Entendimentos.


A Doutrina dos Espíritos aparece após inúmeras manifestações de ordem material. Se fortalece na Europa, e também no novo Continente, havendo mais de 60 casos[1] antes de Hysdesville[2].

Nos ensinam não só os espíritos, mas também os estudiosos da História do Espiritismo, que tais manifestações foram necessárias para chamar a atenção dos homens no tempo previsto para que o Espiritismo se mostrasse em suas revelações.
Entre seus estudiosos sérios, além de Kardec, o Espiritismo se fez perante os homens de cultura, intelectuais de sua época. Pessoas com conhecimentos necessários não só para entender esta nova filosofia que surgia, mas também para estudá-lo com todo rigor da razão e da Ciência.

Dentre estes grandes sábios, o Mestre de Lion foi a peça fundamental, que aprofundou e catalogou as comunicações que começavam a se fazer de forma cada vez mais contínua e com grande volume. Foi Kardec que não só o positivou, como também conseguiu deixar claro os ensinamentos dos planos superiores ao nos afirmar que o Espiritismo é “toda uma ciência, toda uma filosofia. Quem pois, seriamente queira conhecê-lo deve, como primeira condição, dispor-se a um estudo sério e persuadir-se de que ele não pode, como nenhuma outra ciência, ser aprendido a brincar[3]

O Espiritismo vem nos ensinar que todas as ações dentro da sua Seara devem estar de acordo com os seus ensinamentos gerais, e não somente feito encima de uma ou outra revelação, pois uma obra não esta acima das outras.

Estabelecia-se no Mundo os princípios da nova filosofia. O tripé espírita estava revelado, e veio como uma forma de integração da fé com a razão, deixando claro para os homens que uma completa a outra,  explicando de forma clara e racional os caminhos das Criaturas nas atuais existências.

Com isto, o Espiritismo mostra para aqueles que o querem seguir, que existe uma Sapiência por trás de tudo, princípios Cósmicos (Divinos) imutáveis, no qual devemos estudar para entendê-los profundamente ao invés de tentarmos alterá-los.
Por mais que grandes homens de intelecto[4] tenham (não por acaso) recebido e interpretado o Espiritismo, nós que herdamos estes ensinamentos, infelizmente tentamos modificá-los todos os dias, achando-nos com postura intelecto-moral suficiente para cometer tal gravame. 

A falta de conhecimento naquilo que estes grandes homens nos deixaram, levam-nos ao não entendimento do que realmente é a Filosofia Espírita. Não a entendemos, e com isso, tentamos colocar nossas impressões numa Doutrina que exige muito estudo para ser contestada.

Contestações sem fundamentação faz-nos crianças teimosas, e é no mínimo obra de nossas inconsequências e vaidades. Não estudamos os princípios espíritas, não lemos os grandes intelectuais que deram as bases doutrinárias, e temos a audácia de menosprezar suas obras.

Diante de tanta ignorância, o que sobra? Destempero. Afirmações sem nexo, e um total desvirtuamento dos resultados de anos de sérias pesquisas (filosóficas, históricas, matemáticas, físicas, etc).

A fundamentação espírita esta em toda a sua obra (básicas e mediúnicas). Aqueles que acham que tudo esta num único documento fechado enganam-se, e mostram-se sem preparo frente ao tamanho do conhecimento que os espíritos nos ofereceram até hoje, e que felizmente estão registrados nos livros espíritas (exemplo Chico Xavier). 

Aqueles que querem que esta realidade seja o oposto, no fundo não primam pelo desenvolvimento da Doutrina. Não querem entender o que esta posto pelos Espíritos, e preferem manter o seu parco conhecimento para usá-lo como muleta de suas aflições.

Ao invés de criarmos o nosso próprio espiritismo (como se isso fosse possível), devemos sim estudar a fundo, e aceitar o conhecimento doutrinário em sua fonte filosófica e científica. 

Esta é a proposta da espiritualidade!

Jivago Dias Amboni


[1] Registros feitos por Arthur C. Doyle.
[2] Comprovação de fenômenos materiais com as irmãs Fox.
[3] Livro dos Médiuns, Cap. III, item 18.
[4] Allan Kardec (codificador), Charles Richet, Ernesto Bozzano, Lombroso, Einstein, Dr. Gustave Geley, Camille Flammarion, Gabriel Delanne, León Denis, Sr Willian Crookes, Chico Xavier (psicografias), e tantos outros.

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