3 de mar. de 2012

Revelação.

A interpretação teológica, sempre colocou as revelações como algo místico, sobrenatural e fora do conhecimento científico e filosófico. Esta postura de interpretação, fez com que os homens da era da razão a repugnassem completamente, por achá-las frutos de uma imaginação infantil e fértil.

A Doutrina Espírita, cuja chave é a de dar continuidade às revelações espirituais, vem, por meio de sua fé raciocinada, mostrar ao homem moderno o real conceito do que vem a ser este processo, esclarecendo por sua vez o seu funcionamento.

Em sua revista de Estudos Psicológicos , Kardec redige artigo na temática, ora analisada, e nos faz o seguinte esclarecimento.

No sentido litúrgico, a revelação implica uma idéia de misticismo e de maravilhoso. O materialismo a repele naturalmente, porque ela supõe a intervenção de poderes e de inteligências extra-humanas .

Sentido lógico, tendo em vista os conceitos tradicionais impostos pelas Igrejas em seus processos humanos. Mas a chave do Espiritismo nos mostra que revelar é algo transcendental, sim, mas que tudo é explicado, pois tudo esta na natureza. E continua o codificador.

Revelar é tornar conhecida uma coisa que não o é; é ensinar a alguém aquilo que não sabe. Deste ponto de vista, há para nós uma revelação por assim dizer incessante ...

Neste ínterim, temos que todos os “gênios”, homens sábios que apareceram na Terra, em um determinado ponto do Globo, em separados períodos históricos, foram colocados pelo planejamento reencarnatório naquele momento para deixar uma mensagem, foram ao seu tempo, e nas condições de entendimento do povo de seu tempo, os mensageiros, encaminhados pelo próprio Cristo Planetário para revelar algumas verdades dos planos superiores.

... Tal o papel dos gênios. Que vêm eles fazer, senão ensinar aos homens verdades que estes ignoram e ainda ignorariam durante largos períodos, a fim de lhes dar um ponto de apoio mediante o qual possam elevar-se mais rapidamente? Esses gênios que aparecem através dos séculos como estrelas brilhantes, deixando longo traço luminoso sobre a Humanidade, são missionários ou, se quiserem, messias...

Revelações que em suma são o resultado de processos mediúnicos, planejado e programado pelo Cosmos para se fazer presente na Terra.

Programação que passou por mensageiros como Zoroastro, Buda, Os Sastras , Confúcio, os Profetas Hebreus e tantos outros, vindo preparar o terreno até a chegada das três revelações, estando tudo na ordem de Deus, que por sua vez, trabalha por meio de espíritos Crísticos como Jesus, e por uma legião de entidades benfeitoras.

A revelação espírita é isto. Resultado deste longo processo que se estabeleceu desde o momento em que o plano terreno foi construído para abrigar espíritos errantes, em suas novas caminhadas de reajuste.
Esta Doutrina faz parte do aperfeiçoamento deste longo processo, que se iniciou com os primeiros homens, passou por Moisés, esclareceu-se com Jesus, e deu continuidade aos ensinos deste último, conforme sua própria afirmação .

As revelações são os dizeres do Cristo, contemplando o intelecto do homem contemporâneo, fazendo-o entender aquilo que até o momento fora confirmado pelas revoluções científicas, sendo contemplado, e ao mesmo tempo complementando por estas verdadeiras ebulições do saber.

Esse é o espiritismo, o início de uma série de conhecimentos que colocam o homem dentro de seu verdadeiro eu, o real conhecimento, sua espiritualização.

O próprio Emmanuel, afirma que muito ainda será revelado, pois “... somos obrigados a reconhecer que os homens receberão sempre as revelações divinas... ”.

Jivago Dias Amboni
Integrante do Movimento Espírita Catarinense.

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